3 de jan. de 2008


Calem-se!
Deixem-me em paz chorar
o que quero ou invento,
deixem-me agora gritar
sem me ouvirem um lamento.
*
Já basta o que disseram,
não vos escuto mais nada!
Já basta o que fizeram
levando-me em manada.
*
Apenas a mágoa resta
duma revolta que vivi,
o vosso mundo não presta
tão tarde o entendi.
*
Silêncio!
Deixem-me o desprazer
de remoer
o desalento,
deixem-me convencer
do renascer
daquele evento.
*
É ilusão?
Que vos interessa?
Morda eu a minha mão,
enfrente quem me impeça,
mas não me tiraram a razão
nem deixo que o sonho pereça!