31 de jan. de 2008


Nunca são as coisas mais simples

que aparecem quando as esperamos.

O que é mais simples, como o amor,

ou o mais evidente dos sorrisos,

não se encontra no curso previsível da vida.

Porém, se nos distraímos do calendário,

ou se o acaso dos passos

nos empurrou para fora do caminho habitual,

então as coisas são outras.

Nada do que se espera

transforma o que somos se não for isso:

um desvio no olhar;

ou a mão que se demora no teu ombro,

forçando uma aproximação dos lábios.



Nuno Júdice