23 de set. de 2008

fotografia: Luís Trancoso
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Bato as minhas portas.
Bato as portas em mim.
Bato ao sair.
Bato tbm ao entrar
só pq
pelas portas mal-fechadas
passam sempre ventos ocasionais.

Não quero mais destes ventos por agora.

Bato portas
me ficam brisas de calmaria
mesmo que artificiais.
Mesmo que cheias de pó.

A sorte é que não me levam nada
tbm não trazem, é fato
mesmo assim, por hoje,
bato as portas em mim.



jc