15 de out. de 2008


Sinto-me como uma flecha sem rumo
Uma flecha cega e tola que não vê o alvo
Não sei quem me atirou
Quem me esculpiu assim, tão pronta pra ferir
Tão pronta, tão pronta pra chegar, mas chegar aonde
Caminho torto
Caminho, caminho, caminho tonto
Atirada ao vento, à agua, ao fogo, ao chão
À mercê da maldade das mãos do arqueiro
Arco, arco, sempre me atiras ao mundo assim sem dó
Te odeio tanto
Arco e arqueiro, o amor e as pessoas
Atiram, miram, erram, acertam em cheio a ferida
Percorro assim o vento como a flecha percorre o traço
Firme
Mas me falta, as vezes, força ...e caio
Derrotada.







jc