16 de dez. de 2008


-Tão tarde já tu não achas?
-Talvez.
Olhávamos pela janela. Alguem um dia me disse que a janela te liberta mais do que a porta. É. Já tenho certeza. Nem comentei. Acho, hoje, que deveria. Deveria ter dito isso para ele.
Mas o fato é que olhávamos por janelas diferentes e tínhamos nas mãos apenas telefones. Não havia naquela relação um desejo sequer que fosse palpável. Ja experimentou isso? Viver, viver, e não tocar em nada? Patético. Suspirei apenas.
-Vamos dormir querido, colocar os sonhos no lugar dos sonhos.













jc