14 de fev. de 2009


Chamo a isto companhia.
Não à simples presença de alguém ao nosso lado.
Falo do entrelaçar de pernas, do uníssono do riso.
Falo dos olhares conspiradores, da telepatia.

Chamo a isto companhia.
Não à estúpida conversa para fazer algum tempo.
Mas sim às conversas infindáveis sobre tudo e coisa nenhuma.
Sobre sonhos, poesias, sentados num banco de jardim.

Chamo a isto companhia.
Não ao aperto que asfixia, e ao olhar para o relógio.
Mas falo do perder das horas, das loucuras, dos desvarios.
Falo das caminhadas sem destino, da relva ao pé do rio.

Chamo a isto companhia...






Gabriel Braga