25 de fev. de 2009


Eu sou um corpo enrolado em lençóis num domingo de manhã. Restos classicos de pesadelo e muita insônia. Eu amanheço sozinho e vou deixando os domingos me matarem. Vou me revirando na cama até cair. Arrastando os chinelos pela casa. Carregando meu pijama deprimente e uma xícara da moda. Eu sou um parasita do passado. Um clichê sem charme. Eu sou um rosto na janela olhando o parque. Sou um sofá amassado. Sou um disco de vinil decorando a estante. Sou ausente de mim. Deus abençoe as minhas lembranças.











jc