10 de mar. de 2009


Hoje eu acordei exclusivamente para confessar a minha divina arte. Acordei para acordar o mundo ao meu redor. Levanto para gritar miserias nas caras deles. Tenho uma vontade não mais oculta de que todos vejam os cantos. Os cantinhos. A vida, meus senhores, é cheia de cantinhos. Sujos de gente comum. Sujos de mentiras-salvadoras. Sujos de disfarses-heróis. Sujos, pasmem!
Acordei hoje para revelar aos sujinhos e aos não-sujinhos-não essa arte contraditória de dar as costas para o próprio sofrimento. Que tolos, negando seu intimo dia-a-dia. Que tolos meu Deus, que tolos.
Me passa aqui essa cadeira baby, preciso subir nela para que me vejam aqui no canto. Canto do mundo, canto de mim, canto nosso.
O canto oposto deve ver-me gritar! O centro do centro deve ouvir-me tambem, ja que ver-me não podem, pois tão cegos não sabem, iludidos, extremamente mais tolos.
Talvez meia-duzia no mundo me façam coro, subam tambem em cadeiras, escancarem comigo as portas do lixo e da verdade, do lixo que é a intima verdade.











jc