E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade como a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir-se como quem olha
Pensar como quem anda
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja.
Se eu pudesse - Alberto Caeiro