8 de fev. de 2010

 

"Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento pela emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar com a alma."


"Mas não há sossego - ah, nem o haverá nunca! - no fundo do meu coração, poço velho ao fim da quinta vendida, memória de infância fechada a pó no sótão da casa alheia. Não há sossego - e, ai de mim! nem sequer há desejo de o ter..."


"E, por fim, tenho sono,
porque, não sei porquê, acho que o sentido é dormir."





F. Pessoa