4 de jun. de 2010

Se você está pensando que eu não te amo, acertou. Tão diferente tudo, e no tudo: você. Se está pensando que essas declarações intensas eu só faço em dias que me sinto muito só e muito dolorido de tudo, acertou. Você acertou quando disse que eu perdi anos, acertou quando disse que fui covarde. Mas veja, você errou quando disse que havia outra ao mesmo tempo em que houve você. Você errou quando disse que eu não sei o que é amar. Tudo bem, eu não te amo mais agora, mas eu te amei, sim, te amei com todas as forças que tive mesmo que todas elas reunidas tenham sido insuficientes pra você. Te amei com o corpo em chamas, todas, todas as vezes, te amei com o meu olhar mais bobo, te amei nas verdades duras que eu não media em tantas e tantas palavras, te amei por muito tempo e tentei salvar a gente, eu juro. Foi nisso tudo aí que você errou feio, viu. Amei a bagunça do seu cabelo sim, e o seu sorriso cafageste sim, até as brigas no telefone eu amei, sim, igualmente sim. Amei demasiado o seu amor por mim, ah como eu amei; e é para o amor que você me deu que até hoje eu me declaro, sem nenhuma falsidade, ainda amo intensamente tudo que o seu sentimento me ensinou. Acertei e errei também, sobre mim, sobre você, sobre nós, sobre o futuro que planejamos tanto. Sobre a casa, o cachorro, a filha, as férias. Não sei dizer se é possivel voltar a te amar, se eu posso fazer isso, se você pode. Sinceramente, honestamente, cruelmente falando, eu acho dificil. Escrevo só para pedir, talvez implorar, que você pare de errar, pensando que foi pequeno o que eu senti. Um abraço para sempre, no horário de sempre. Adeus.


JC