11 de fev. de 2011



Todas as tentativas estão atropeladas. Quando chegamos no ponto, o ponto certo, nosso ponto, chegada, partida, começo, meio e happy end, o ônibus já tinha sumido longe, o trem já tinha virado maria-fumaça, o barco mal se via, ficou só estrada, trilho e mar, vazios.
E que vazio! Ficamos ali olhando tudo, eu daqui, você dali. Se a pressa é inimiga da perfeição a lentidão mandou lembranças também.
Eu mentia pra fugir, você fugia pra mentir, a ordem dos fatores não altera o produto.
Nuvens negras anunciam chuva e continuamos parados com nossas mochilas, nossos pesos, nossas culpas, nosso passado empacotadíssimo. E quem tá na chuva é pra se molhar - ou tomar raio.
Não nos falamos, não vamos embora, não nos aproximamos nem um passo a mais; E agora? A que horas tudo muda? E muda?


jc