21 de mai. de 2011

Eu nunca ia desistir de você. Você nunca ia desistir de mim. Então me explica!? 

Eu acho um absurdo a gente ir embora assim. Um absurdo a gente gostar de alguém e deixar tudo se perder, por orgulho, por mágoa, insensatez, ou qualquer tipo de traição, auto-traição talvez. Acho um absurdo a gente ter medo, guardar e não dizer que ama, que detesta, mas ama, com força demais. HOJE eu acho um absurdo, quando já não tem mais jeito mesmo.

Tô aqui morrendo de saudade do teu riso, tô aqui morrendo de saudade de amanhecer com você no telefone, dessa força que a gente fazia pra ficar junto. Da dor que a gente enfrentava na marra. Tô morrendo e vivendo de saudade de você.

Hoje você acordou comigo, no centro da minha cabeça, e eu te vi tão claramente, eu te abracei, eu te beijei, te sufoquei de abraço e te cobrei mais presença, porque você sumia muito e eu não suportava isso, cobrava de você porque eu não sabia lidar com um sentimento tão grande sozinha, esse terremoto, essa devastação de certezas, essa coisa toda que nunca tinha sido tão forte pra mim. Nunca. 

Eu não sabia. E mandei você pra longe. E você foi.

Eu escrevo bilhetes, escrevo cartas, eu canto pra você, eu tomo banho com você. Tem choro guardado aqui, tem mensagem nos rascunhos do celular. Vontade de te ligar, te chamar, te dizer, te pedir, me confessar, me humilhar, me submeter, me rasgar inteira, abrir o peito e gritar contigo, pra ver se você diz aquele frase mais uma vez, do mesmo jeito.

Nua. Crua. Sozinha. 
É assim que eu me sinto, apesar de não estar.
Culpa. Tua. Todinha. Minha.






jc