30 de jul. de 2011

Algo muito simples sobre algo muito complicado: 


Um sentimento de fim que não acaba nunca. É preciso que o ciclo se feche. É preciso recuperar a fé e transformar essa gosma grudenta presa na garganta em uma palavra de salvação. Era preciso que o sol insistente me trouxesse luz e não somente calor. Era indispensável que alguma chuva lavasse toda essa história, minha história, que não tenho bem certeza se tem lugar no mundo, no mundo dos outros. Eu queria tudo limpo, queria que os dias balançassem leves pendurados no varal de algum quintal verdinho. 

As filosofias de biblioteca me deixavam cada vez mais deprimida. E as poucas relações humanas que sobraram me deixavam cada vez mais cansada. Talvez eu fosse chata ou exagerada demais; Talvez eu não ocupasse suficiente o tempo como as pessoas que trabalham 12 horas por dia e sustentam dois filhos, um gato, e três cachorros sem raça. Talvez elas fossem mais felizes do que eu era ou sou. Talvez não, elas eram.

Mas eu não faço idéia, não vejo por onde começar. E se vejo, falta coragem. Ponto final virou reticência. 


Como diria Caio F.: ''Perdi minha alegria, anoiteci, roubaram a minha esperança...''








jc