Não é — penso — que você estivesse “louca”. Aspas fundamentais. O que sucede, ma belle, é que você — com suas antenas afiadíssimas de artista e, digamos, Mulher Vivida —captou a loucura em volta. Esta sim, insana ao limite da demência psicótica. Loucura feia, brava, destruidora, assassina.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Maria Lídia Magliani)