Há quanto tempo, tudo isto?
Abro o armário onde o tempo antigo
se enche de bolor e fungos; limpo os papéis,
cartas que talvez nunca tenha lido até ao fim,
se enche de bolor e fungos; limpo os papéis,
cartas que talvez nunca tenha lido até ao fim,
fotografias cuja cor desaparece, substituindo os
corpos por manchas vagas como aparições; e sinto,
eu próprio, que uma parte da minha vida se apaga
com esses restos.
Nuno Júdice
com esses restos.
Nuno Júdice