12 de out. de 2012



Há quanto tempo, tudo isto? 
Abro o armário onde o tempo antigo
se enche de bolor e fungos; limpo os papéis,
cartas que talvez nunca tenha lido até ao fim, 
fotografias cuja cor desaparece, substituindo os 
corpos por manchas vagas como aparições; e sinto, 
eu próprio, que uma parte da minha vida se apaga
com esses restos.





Nuno Júdice