1 de mar. de 2013

A mão dela tinha Deus dentro. Apertava-a, beijava-a com a minha mão

Há lá coisa melhor do que duas mãos que se beijam?


(...)

Sabíamos que era, como as nossas mãos eram, o tempo suficiente para aguentarmos o resto mais um tempo, para suportarmos o por fora das nossas mãos mais um tempo. Talvez, no momento em que as mãos se deixavam de amar, houvesse lágrimas, as lágrimas que se deixam cair sempre que algo cai dentro de nós. Talvez quiséssemos ficar por dentro das nossas mãos para sempre.

E ficámos. 





Pedro Chagas Freitas