23 de ago. de 2008


Sinto-me a pisar em cacos de um vidro finissimo
E bater em portas
E queimar bilhetes, sim estes mesmo, os q ja tanto adorei
Sinto-me a tocar campainhas, milhares delas, mas não há ninguem
E grito, e choro, eu peço sim, uma noticia
Mas não há nada, nada atras dessas portas pesadas
Volto, por certo, pelo mesmo caminho
Com cacos, e pedaços de papel
Volto, para dentro de mim
Cumpri meu ciclo, arrasto com dificuldade minha própria porta
De marmore e aço
Para que se feche, por favor, se feche, sem frestas, por favor
Lá dentro estou nua
Despida, pronta para a morte, pronta para a vida
Mas que vida há em ficar lá dentro?
Um campo de flores que estou a admirar sozinha
Lua-cheia, cançoes perfeitas
Nada de cacos de vidro
É calmo e bonito
Mas ali estou sozinha
E penso, de que me vale ?




JC

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17/08/08