23 de ago. de 2008


Tenho descoberto que certezas não existem
Tenho descoberto coisas que preferia desconhecer pela eternidade
Tenho sentido angustias, tão completas, que parecem ter cor
Venho desviando caminhos, criando atalhos,
Tenho construido pontes no escuro, apenas para não ver denovo a tua luz
Venho fazendo isto, pq a tua luz me cega, artificial, ela me enoja, me confunde
Tenho aprendido a não mais oferecer flores, e é tão triste
Tenho visto ao vivo e a cores o que uma magoa pode causar na personalidade
Ando tão down, como Cazuza, porque o amor é o ridiculo da vida
Tenho visto as belezas simplórias se pôndo, como o sol de julho, que se vai cedo
Tenho tido vontades imensas de segurar alguma mão, e ter braços dentro dos braços meus
Ando deitando em divãs, que imagino delirante, fossem colos macios
Tenho, meu bem, uma maneira fria de ser, que não me agrada em nada, mas
Venho, meu bem, aprendido isso ao longo dos The end's
Ando subscrevendo canções tristes
Tenho sentido falta de mim, não me reconheço em espelhos-espelhos-meus
Venho julgando demais, sendo cruel, na tentativa de transferir minhas feridas todas
Tenho, sobretudo, vontade de pedir perdão, à vc não, tão somente à mim.
Ando, venho, tenho; Parado, regredido, sem nada.







JC

20/08/08

13:48