14 de abr. de 2009


porque confessar, Senhores, pasmem, tambem mata.
e hoje eu vim aqui morrer um tantinho. mas um tantinho só.
confessar essa coisa que acabou mas que não acaba nunca. e me acaba.
e esse peso na cabeça, esse enjoo, essa tontura,
esse medo vertical que sobe e desce pelo meu corpo todo.
vertical, abismo. vertical, amor.
amor para que, Senhores, se o amor pra cada um é uma coisa.
não me venham com textos prontos pq eu tenho medo. morro de medo.
eu tenho q confessar antes d explodir, explodir em pedaços de miséria.
pq o passado é isso, é a miseria pessoal anunciada, estampada,
escancarada como o lixo do feriado que fede na calçada.
não dá p esconder. n dá p n cheirar.
e eu tenho nojo meus Senhores, um nojo imenso dessas coisas q
um dia foram boas e qndo viram monstros gigantes e pegajósos a
gnte nao tem onde esconder; pq não cabe, nao cabe em lugar nenhum
e ninguem qer reciclar.
eu vim aqui morrer um tantinho, pq tem alguma coisa
que eu qero enterrar, será que vc entende? e eu entendo?
Deus entende? diabo a quatro... blábláblá.
vá de rétro. eu qero dinamitar. vc me dói, dói, dói, dói, dor de doença.
por isso eu confesso, pq confessar tbm mata,
e prefiro morrer de qualqer coisa q seja
menos disso
que nem Deus deve ter ouvido.









jc