30 de dez. de 2012

Um presente que ganhei do presente que eu ganhei:




Eu te amo, E2!

Eu teria casado com você com um anel de plástico, em pé, num aterro de lixo, no meio de um furacão. O espetáculo era para eles. Eu só queria você. [Richard Paul Evans]
A coragem do amor cria a bênção do perdão. [Emmanuel]

26 de dez. de 2012

Para um novo ano. Para um novo eu.



Perdi um amor, mas recuperei a fé há tanto engavetada. Fé em Deus, em Seu Filho, nos Guias de Luz que andam conosco sempre tão companheiros e que nos perdoam e nos revitalizam sempre que necessitamos. Tudo comprovado na minha mente, no meu coração, no meu corpo... que enfrentam nesse momento de transição dores e angustias, pedem por calma e sustentação e recebem. Reaprendi a rezar, a não negar, reaprendi a olhar os outros com mais cautela e delicadeza... E nunca esquecer que já posso ter sido muito melhor ou muito pior do que todos eles.


Agora apenas agradeço essa chance de ter me tornado mais sensível, mais humana, um pouco menos arrogante, orgulhosa, egoísta. É claro que ainda falho e que é longo o caminho, mas é clara a nova estação que se anuncia por dentro. Tenho menos medo, mais coragem, menos escudos, menos espadas, mais proteção.


Sobretudo tenho mais gratidão... pelo amor que tive, pela alegria que trouxe, pela dor que trouxe... E pelo que e quem ficou depois que ele seguiu outro caminho. Grata pela família que ainda do seu jeito torto está sempre presente. Grata pela amizade de Jomara que chega até mim forte e maternal como as ondas de Yemanjá. Grata pelos poucos amigos que mesmo distantes estão sempre presentes em momentos de dura prova, emanando sobre mim seus gestos de amor honesto. E pelos que vem vindo, à seu passo.


Minha escolha, minha evolução... sinto estar dando passos adiante, pequeninos, um a cada dia, um a cada oração, choro, olhar ou sorriso. E sei que depois de tudo fica algo de melhor dentro da casca do meu corpo.


Cada uma dessas coisas, um presente. Pois em verdade não há o que se perder, tudo fica como paisagem e ensino. Tudo se cumpre e segue, para não voltar ou para voltar mais tarde, novo.


Há minutos em que ainda esqueço algumas dessas coisas, em que ainda sobram sentimentos menos puros, e não há culpa nenhuma no acontecer disso, há só uma certeza de que é preciso insistir, prosseguir pela trilha da Lei, retomar a paciência e esperar pelo melhor.


Que Deus misericordioso e os amigos espirituais guiem todos os passos, todas as decisões... Desfaçam os nós das nossas gargantas, tirem os pesos do nosso peito pela manhã, acalmem o nosso coração a noite e nos transportem à lugares de bons encontros. Que fiquem conosco durante o dia e todos os dias, nas estradas e nos lares... Que cheguem ensolarados a quem precisa de liberdade, que cheguem como afago a quem sente solidão, que sejam redescobertos por quem enfraqueceu, que sejam lembrados por quem se fortifica.


Bondade e caridade sejam derramadas sobre corpos ou espíritos que adoecem, que todas as orações vibrem na mesma frequência. E que se multipliquem renovando pensamentos e revendo atitudes.


Obrigada Deus por absolutamente tudo que há, tudo que sinto e acordo para viver hoje. Concede-me sempre e cada vez mais a oportunidade de auxiliar quem passar por mim! Fica conosco! Assim seja!



















jc








24 de dez. de 2012

...e me ocupava em perguntar, de dez em dez segundos, e de dez em dez pessoas, quando é que você iria me ligar e dizer que tinha pensado melhor. Quando? Você nunca ligou, nunquinha. E eu esperei, esperei, esperei tanto tempo, nossa, como eu esperei. Acho que eu nunca esperei tanto nada em toda a minha vida.


Outro dia a Myla me perguntou o que você tinha me ensinado. A gente estava conversando sobre os legados que as pessoas deixam em nossas vidas e ela quis saber qual tinha sido o seu. O coiso me ensinou a gostar de MPB e cinema europeu, o outro coiso me ensinou a gostar de sexo e restaurante caro. Teve o coisinho que me ensinou a ser engraçada e jogar frescobol. E você? Que raios me ensinou? Fiquei sem saber na hora, fiquei sem saber o que responder para a Myla.



Mas hoje... posso dizer que foi você quem me ensinou a lição mais importante da minha vida: você me ensinou a sofrer. Eu nunca, nunca, em vinte e sete anos de vida, tinha sofrido. Nunca.



(...) em casa, quando eu dobrava direitinho o uniforme para o dia seguinte e me sentia um papel de parede bege que ninguém entende pra que serve, eu pensava: um dia um príncipe vai me levar pra longe dessa falta de vida, dessa falta de beleza, dessa falta de compreensão, dessa falta de cor, dessa falta de sei lá o que porque eu era novinha demais pra saber o que faltava.

(...)

Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, o meu príncipe. E o meu príncipe estava me dando o fora. Que porra eu ia esperar da vida agora? Quem iria me levar para longe se você não me queria mais por perto? Não teve como. Foi a primeira vez na vida que não consegui me enrolar e acabei deixando a dor vencer. Pela primeira vez a realidade falou mais alto que a fantasia. Pela primeira vez a realidade da sua ausência falou mais alto que a fantasia de anos a sua espera. Sofri pra caralho, como diz por aí quem sofre pra caralho.


Mais do que livros cabeças, músicas bacanas, frases inteligentes, lugares descolados ou posições sexuais, você me ensinou o que realmente importa aprender nessa vida:  ... Que nem ninguém e nem nada pode te levar para longe de nada. É isso e pronto. E é assim pra todo mundo. E pronto. Qual o drama? A dor infinita dos dias infinitos que vieram depois do dia em que você se foi pra sempre veio misturada com toda a dor que eu não senti em todos esses anos. A dor do seu pé na bunda trouxe vasos jogados, bitucas eternas de cigarros em longas discussões pesadas, tardes perdidas em odiar o mundo, cabeças viradas, corredores frios, papéis de parede beges e grupinhos festivos e fechados.

A nossa dor acabou sendo toda a dor que fazia fila em mim para ser sentida.

E já que a porta pra realidade estava aberta, por que não sofrer também pelas criancinhas carentes, os países em guerra, a estupidez humana e a dor das juntas da minha mãe? Por que não sofrer pela condição das favelas, das prisões e da Terra? Por que não temer o aquecimento global, o ácido dos limpadores de vidro na Henrique Schaumann e as frases do Clodovil? A dor da sua partida trouxe toda a dor do mundo. De uma só vez. Mas agora já passa da meia noite. (...)  E pra te falar ainda mais a verdade, eu acho mesmo que você foi o príncipe que eu esperei a vida inteira. Você chegou e me levou embora. Levou embora a menina que tinha medo de sentir a vida e esperava uma salvação para tudo. Quem sobrou é essa desconhecida que se conhece muito bem (...)










[Tati B.]


“Eu duvido! Duvido que você não chame meu nome quando você sente falta de alguém, duvido que não sinta falta do meu carinho sempre tão sincero, falta de me contar como foi seu dia, as histórias da sua vida que sempre foram pra mim melhor do que qualquer novela. (...) Talvez esse seja o nosso problema... eu sinto, eu penso, eu falo, eu te conheço, isso te assusta né? (...)


Eu queria ligar pra você e te falar sem pausas tudo que eu ensaio toda vez que você me magoa, mas nunca digo pra não te magoar, afinal você não me faz mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural.


Bobagem, como se algum ensaio no mundo fosse me deixar firme depois do seu ‘alô’. Então é isso, tô te escrevendo! Sempre fui mais segura com as palavras. Tô te escrevendo pra talvez um dia te enviar, mas tô escrevendo. E não é sobre você dessa vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim tá difícil, meu bem! Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo pra ser mulher. Sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de você um homem.


(...)


Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência.”




- Tati Bernardi.
De quem seria a língua sem nojo que explorava o mais fundo de todos os buracos do corpo dele? Da janela eu observava as mãos abrindo apressadas o fecho das calças, os dedos hábeis afastando panos, as narinas sugando o cheiro secreto das virilhas... atrás das grades eu queria minhas aquelas mãos que o tocavam e também meus aqueles dedos e minhas ainda aquelas narinas e aquela língua (...)

Pelo dia afora, adentro, essa parte de mim que vai com ele tenta extravasar-se pelos seus olhos, pela sua boca, para alertar as grandes caras móveis que o observam com simpatia. A cada tentativa, ele me pressente e me rechaça, ele me empurra para o fundo de si para que eu não o desmascare. E me rouba a voz, e me leva o gesto, fazendo com que me cale e me imobilize impotente entre as pontas duras das quais ele se desvia ...

Pela cabeça, essa luz que não sei se é compreensão ou loucura. É de mim, de ti ou dele que sai essa voz contando o sonho de ontem? (...) e assim mergulho eu e assim mergulhas tu e assim mergulha ele: a tontura de nossos seis passos equilibra-se instável e precisa sobre o fio da navalha.


[cfa]
E enquanto eu olhava o céu limpo da cidade suja, interpunha entre nós seu primeiro muro de palavras. Confusas, atormentadas, sobre tudo e sobre nada: palavras amontoadas umas sobre as outras, como se amontoam tijolos para separar alguma coisa de outra coisa. Eu, mal sabendo que esse — que parecia seu jeito mais falso de ser — seria nas semanas seguintes seu jeito mais verdadeiro, às vezes único.

Quando o tempo passasse um pouco mais, nos surpreendendo ainda juntos em outra madrugada, minha cabeça repetiria tonta e lúcida "Éramos tão pálidos, e nos queríamos tanto". Éramos muito pálidos naquela primeira manhã entre as latas de lixo da rua deserta, caminhando em direção ao dia de hoje — mas ainda não nos queríamos com este enorme susto no fundo dos olhos despreparados de querer sem dor.

(...)

Me deixava levar, guiado apenas pelo jardim que entrevia pelas frestas dos tijolos, nos muros-palavras erguidos entre nós, com descuido e precisão. Viriam depois, mais muros que os de palavras, muros de silêncio tão espesso que nem mesmo os demorados exercícios de piano, as notas repetidas e os dedos distendidos, conseguiriam derrubar.

(...)

Bati as mãos contra o muro, procurando brechas. Não havia mais. Espatifei as unhas, gritei por uma resposta qualquer. Nem uma veio de volta. Olhei para fora de mim e não consegui localizar ninguém no meio das vibrações da cidade suja. Olhei para dentro de mim e só havia sangue. Derramado, como nas cirandas.

Queria acordar, mas não era um sonho.





CFA


Quase três anos desejando sentar na grama com você, mas hoje te vejo fazendo isso com outra pessoa. Quantos natais e reveillon's desejei passar ao seu lado, mas quem pode ter tudo isso é outra pessoa. A dor é imensa, a saudade é imensa. O amor igualmente imenso. Mas não importa mais pra você. Vivi pra você, morri em você.




jc

23 de dez. de 2012

E você continua escrevendo sua história pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos.

Tati Bernardi
É por isso que a gente deve tomar cuidado como se comporta. Você e eu devemos prestar atenção no que estamos transmitindo. Desculpe, eu não quero simplesmente passar pela vida. Quero deixar alguma marca, fazer alguma história. Pretensão a minha? Talvez seja. Mas me sinto mais confortável e em paz comigo mesma sabendo que estou fazendo o possível. Pode não ser o suficiente, mas é o meu melhor.

Eu não quero me afogar no meio de sentimentos não expressados. Por isso, procuro mostrar meu amor a cada dia para quem me é essencial. Não me importo que você me ache ingênua, romântica demais, boba, cafona ou careta. Talvez eu seja mesmo tudo isso. E muito mais. Mas pelo menos eu não tenho vergonha na cara e no peito de me abrir, de sentir. Isso é tão importante hoje em dia: sentir. 



Clarissa Corrêa

A PESSOA QUE TE AMA - FLÁVIO GALINDO

A pessoa que te ama vai te mandar uma mensagem de texto às 04 da manhã ou as 08, apenas por saber que você vai acordar para ler ou até mesmo ligar de volta, como também vai deixar você dormir até a hora que você quiser, por saber que você precisa, está cansada e vai acordar com um humor melhor.

A pessoa que te ama vai te encher a paciência só pra te ver brava e vai dar risada de você, como também quando te ver brava vai fazer de tudo para te acalmar, com um sorriso ou simplesmente estar ao seu lado, mas também saberá a hora de te dar espaço para não se sentir sufocada.

A pessoa que te ama vai brigar com você por futilidades. Você terá de saber perdoá-la, pois fará o mesmo se o ama e essa pessoa, também a perdoará. Como também, a pessoa que te ama fará de tudo para te passar todo o amor que lhe tem guardado.


A pessoa que te ama testará seu amor com aquele ciúmes bobo ao olhar para uma garota enquanto estiver de mãos dadas com você, fazendo algum comentário supérfluo que não te agradará e também irá dar risada da sua expressão, como também segurará firme em sua mão e declarará próximo ao seu ouvido o seu amor e dirá que não existe mulher que mude sua opinião de com quem ele deva estar neste e nos próximos dias de sua vida.

A pessoa que te ama irá te compreender quando estiver muito quieta, ou quando estiver brava com o mundo e tentará descontar em cima dele. Irá dizer o quanto você está chata, insuportável e arrogante, como também irá dizer o quanto você fica linda vestida com sua camiseta ou blusa, como você é simpática e bela e seu sorriso sincero faz mudar todo o seu dia.

Ah, sim, mas é claro, como pude me esquecer? A pessoa que te ama irá te perdoar dos piores erros como também te amará com o mais profundo sentimento, porque esta história de que o pra sempre, sempre acaba é para criança dormir. Amor de verdade não se dissipa.
E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna.


Clarissa Corrêa

22 de dez. de 2012

"Quem somos nós, quem é cada um de nós senão uma combinatória de experiências, de informações, de leituras, de imaginações? Cada vida é uma enciclopédia, uma biblioteca, um inventário de objetos, uma amostragem de estilos, onde tudo pode ser completamente remexido e reordenado de todas as maneiras possíveis."

Italo Calvino
"(...) O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo por si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser: é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."

Lou Salome

21 de dez. de 2012



À QUEM INTERESSAR POSSA, A VIDA REAL:







T - Amor, casa comigo?

-Caso, todo dia.

T -Fica comigo pra sempre?

-Fico.

T -Quer ser a Sra. Gatão?

-Quero!







... ... ... ... ...

THE END

...




-Volta pra mim!?

T -Não!





=/




... ... ... ... ...

...










jc

15 de dez. de 2012

Não de repente, mas aos poucos, alguém vai entrando na sua vida, ocupando seus espaços, tomando conta do que você não dava mais conta, ou só fingia dar. E também aos pouquinhos, vai fazendo você mudar de idéia, aqui e ali; Faz você querer morar numa casa com quintal ao invés de um apartamento, faz você querer alimentar e dar banho em três cães ao invés de um, te faz querer casar, viajar a dois ou apenas ficar em casa no sofá, te faz querer adotar um filho, te faz entender que o amor é não desistir, te faz chorar, te faz absurdamente feliz, te muda inteirinha. Mas é de repente, dentro de um grande susto, que essa pessoa te deixa sozinha dentro de planos plurais.

As mãos se soltam, você se perde, continua querendo envelhecer junto, continua sonhando os mesmos sonhos, continua sentindo o mesmo amor, você é inteiro um pedaço de saudade, e sente medo de ligar porque não há palavras na sua cabeça além de TE AMO, TE AMO, TE AMO, VOLTA, VOLTA, VOLTA. E revolta, e desentende, e se marcar de sair com alguém não ter vontade de estar lá, só ter vontade de chorar manso. Chorar de medo de deixar esse amor morrer nos braços de alguém que não batalhou por nada disso do que você sente, ou do que o outro sente, e só querer sair correndo sem esquecer as chaves de casa, pra não precisar voltar pra buscar, pra estar o mais rápido possível fazendo qualquer outra coisa que preencha o tempo.

E voltar pra casa e trancar a porta com a mesma chave, ufa. Mas no fundo só pensar em largar tudo, expor verdades, deixar uma carta, ir embora, só desejar que aquele amor ainda exista do outro lado, só querer fugir, reatar, recomeçar, e não ter mais medo de nada. Só desejar poder olhar e ver a mesma pessoa que você conheceu, com os mesmos trejeitos do primeiro encontro, te levando pra bem longe, casando com você improvisadamente, adotando um filho, comprando duas cadeiras de balanço, trocando sua foto da carteira por uma de vocês juntos, velhinhos, serenos.


Mas o real disso tudo é o susto. O último parágrafo agora é plano singular. Só meu.




"E SONHO QUE SE SONHA SÓ, É SÓ UM SONHO QUE SE SONHA SÓ........."





jc

13 de dez. de 2012

E descobrem por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo construir. E construir pede não somente o plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. (...)



[Palavras de Libertação - Chico Xavier]

11 de dez. de 2012

[...] Que tenha certeza de que eu quero muito que seja livre, saudável, contente; que seja. Que tudo aquilo que o preocupa, o desassossega, o faz sofrer, por Deus, seja logo transformado, assim como tudo o que o torna feliz seja mais e mais abençoado. Que alcance toda expansão que busca, todo voo que vislumbra, e possa sempre se lembrar de que é capaz de vencer os mais assustadores e impermanentes limites [...]


Ana Jácomo.
Eu precisei percorrer muito caminho para entender que um dos maiores tesouros da vida humana, talvez o mais precioso, é a capacidade essencial de sentir amor e saber expressá-lo. E que boa parte das confusões, das discórdias, das invejas, das doenças, das armadilhas, surge da profunda dor que causa a temporária incapacidade de descobrir onde ele está.




Ana Jácomo.


Vim aqui me buscar, com medo e coragem. Com toda a entrega que me era possível. Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais. Vim aqui me buscar para varrer entulhos. Passar a limpo alguns rascunhos. Resgatar o viço do olhar. Trocar de bem com a vida. Rir com Deus, outra vez. Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. Para dizer minhas flores. Para não me surpreender ao me flagrar feliz. Para ser parecida comigo. Para me sentir em casa, de novo.

Vim aqui me buscar. Aqui, no meu coração.





Ana Jácomo.
Mas eu desejo, profundamente, que Deus também ouça as preces que lhe dirijo quando eu não consigo elaborar prece alguma. Quando a dor é tão grande que minha fala não passa de um emaranhado de palavras confusas e desconexas que desenham um troço que nem eu entendo. Quando o medo me paralisa e perturba de tal forma que eu me encolho diante da vida feito um bicho acuado. Quando me enredo nas minhas emoções com tanta confusão que parece que aquele tempo não vai mais passar.

Que Deus ouça também as preces que lhe dirijo quando só consigo chorar e, mesmo depois de já ter chorado muito, tenho a sensação de ainda não ter chorado tudo.




Ana Jácomo.
Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.




Ana Jácomo.

Muitas vezes, nós nos escondemos uns dos outros para nos protegermos e também juramos ser de concreto o nosso muro de folhas. Nós nos escondemos por contraditória defesa, porque, no fundo, além de todo e qualquer medo nosso, a verdade é que tudo o que mais queremos é olhar e sermos olhados com amor.


Ana Jácomo.

8 de dez. de 2012



''Meu coração prefere acreditar nessas promessas
Mesmo essas que só fazem abrir minhas janelas
Pra nenhuma, pra nenhuma, pra nenhuma paisagem

(...)

Meu coração prefere acreditar nessas promessas
Mesmo essas que só fazem deixar na minha pele
Calor, luz, alegria pra nenhum verão.''







Maria Bethânia
O que eu fiz é muito pouco
Mas é meu e vai comigo
Deixo muito inimigo
Porque sempre andei direito
Agasalhei neste peito muita cabeça chorando


Chico Buarque

3 de dez. de 2012

Eu me retiro, com os meus erros assumidos e não corrigidos por falta de uma chance, eu me retiro sem desistência. Com a certeza de que fui amor e clareza até o fim - e depois do fim - eu me retiro. Eu me retiro para não mais ver as imagens que sendo ou não o que parecem, transbordam, de qualquer forma, essa ampla falta de consideração pelo momento, pela história e pela dor. E me retiro após dias e dias de silêncio e não-resposta do outro lado do muro. Eu me retiro amando. Eu me retiro sangrando. Eu me retiro fiel. E se um dia as minhas palavras moveram o teu mundo e hoje não movem sequer um muro, é porque - por tua decisão - ele está sendo e será soberano sobre qualquer tentativa, proposta, ou malas feitas. E eu te desejo auxilio espiritual de alto grau, porque é hora de mais verdades.


Com amor, com tristeza, com paz. 
Gratidão sempre pelos momentos compartilhados. 





jc

1 de dez. de 2012

“O Humanismo prega que encontremos Deus na alegria do canto, da música, da dança, que o encontremos, também, na fartura do alimento comum que é o amor aos, e dos, semelhantes; que se encontre Deus na bênção do ancião, no sorriso da criança, no amor do casal feliz ou no labor diário. Diz também: Deus não o proíbe de fazer nada que lhe permita o seu livre arbítrio, mas como Ele fica feliz quando tudo o que você faz acaba por aumentar o seu amor, respeito e fé em Sua grandeza e generosidade, de Princípio Doador da Vida!”




(R. Saraceni – As Sete Vias de Evolução e Ascensão – Madras Ed.)
O amor é um sentimento abstrato, inato a cada pessoa, que se expressa com maior ou menor intensidade conforme o grau de evolução e merecimento daquele que o manifesta. Não há como comprá-lo ou fingir que o temos.


É o amor que nos leva ao desenvolvimento das mais nobres virtudes humanas: a doação sem condicionamentos.


O amor é uma conquista pessoal, como o amor por outra pessoa, pela religião etc. É vencer egos, conceitos e preconceitos, e, por se tratar do entendimento de cada um, não pode ser tomado como parâmetro coletivo. Uma vez conquistado, nenhuma outra pessoa conseguirá tirar-nos ou fazer-nos perder esse sentimento.


Essa sintonia irradia uma camada vibracional, que estruturará em nós sentimentos puros, determinação, paz interior, equilíbrio e, principalmente, a vontade de amar e de conceder esse amor ao próximo.