30 de set. de 2010

‎"Ah viver é tão desconfortável. Tudo aperta: o corpo exige, o espírito não pára, viver parece ter sono e não poder dormir - viver é incomôdo. Não se pode andar nu nem de corpo nem de espírito." 






C. Lispector
(...) eles não olham para mim, eles ficam lá naquela segurança armada de família que não admite nada nem ninguém capaz de perturbar o seu sossego falso, e não me olham, não me vêem, não me sabem. Me diluem, me invisibilizam, me limitam àquele limite insuportável do que eles escolheram suportar, e eu não suporto - você me entende?






Caio F.

29 de set. de 2010


"Zero grau de Libra"

"O Sol entrou ontem em Libra. E porque tudo é ritual, porque fé, quando não se tem, se inventa, porque Libra é a regência máxima de Vênus, o afeto, porque Libra é o outro (quando se olha e se vê o outro, e de alguma forma tenta-se entrar em alguma espécie de harmonia com ele), e principalmente porque Deus, se é que existe, anda distraído demais, resolvi chamar a atenção dele para algumas coisas. Não que isso possa acordá-lo de seu imenso sono divino, enfastiado de humanos, mas para exercitar o ritual e a fé - e para pedir, mesmo em vão, porque pedir não é só bom, mas às vezes é o que se pode fazer quando tudo vai mal.
Neste zero grau de Libra, queria pedir isso a que chamamos Deus um olho bom sobre o planeta terra, e especialmente sobre a cidade de São Paulo. Um olho quente sobre o mendigo gelado que acabei de ver sob a marquise do cine Majestic; um olho generoso para a noiva radiosa mais acima.Eu queria hoje o olho bom de Deus derramado sobre as loiras oxigenadas, falsíssimas, o olho cúmplice de Deus sobre as jóias douradas, as cores vibrantes. O olho piedoso de Deus para esses casais que, aos fins de semana, comem pizza com fanta e guaranás pelos restaurantes, e mal se olham quando dizem coisas como "você acha que eu devia ter dado o telefone da Catarina à Eliete?" - e o outro grunhe em resposta.
Deus, põe teu olho amoroso sobre todos os que já tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem. Derrama teu olho amável sobre as criancinhas demônias criadas em edifícios, brincando aos berros em playgrounds de cimento. Ilumina o cotidiano dos funcionários públicos ou daqueles que, como os funcionários públicos, cruzam-se em corredores sem ao menos se verem - nesses lugares onde um outro ser humano vai-se tornando aos poucos tão humano quanto uma mesa.
Passeia teu olhar fatigado pela cidade suja, deus, e pousa devagar tua mão na cabeça daquele que, de noite, liga para o CVV. Olha bem pelo rapaz que, absolutamente só, dez vezes repete Moon Over Bourbon Street, na voz de Sting, e chora. Coloca um spot bem brilhante no caminho das garotas performáticas que para pagar o aluguel dão duro como garçonete pelos bares. Olha também pela multidão sob a marquise do Mappin, enquanto cai a chuva de granizo, pelo motorista de taxi que confessa não ter mais esperança alguma. Cuida do pintor que queria pintar, mas gasta seu talento pelas redações, pelas agências publicitárias, e joga tua luz no caminho dos escritores que precisam vender barato seu texto - olha por todos aqueles que queriam ser outra coisa qualquer que não a são, e viver outra vida que não a que vivem.

Não esquece do rapaz viajando de ônibus com seus teclados para fazer show na Capital, deita teu´perdão sobre os grupos de terapia e suas elaborações de vida, sobre as moças desempregadas em seus pequenos apartamentos na Bela Vista, sobre os homossexuais tontos de amor não dado, sobre as prostitutas seminuas, sobre os travestis na República do Líbano, sobre os porteiros dos prédios comendo sua comida fria nas ruas dos Jardins. Sobre o descaramento, a sede e a humildade, sobre todos que de alguma forma não deram certo (porque, nesse esquema, é sujo dar-certo), sobre todos os que continuam tentando por razão nenhuma _ sobre esses que sobrevivem a cada dia ao naufrágio de uma por uma das ilusões.
Sobre as antas poderosas, ávidas de matar o sonho alheio - não. Derrama sobre elas o seu olhar mais impiedoso, Deus, e afia tua espada. Que no zero grau de Libra, a balança pese exata na medida do aço frio da espada da justiça. Mas, para nós, que nos esforçamos tanto e sangramos todo o dia sem desistir, envia teu Sol mais luminoso, esse do zero grau de Libra. Sorri, abençoa nossa amorosa miséria atarantada".


Caio Fernando Abreu

28 de set. de 2010

"Ter provado outra vez desta solidão acho que me fez melhor. Ou mais humano, ou dolorido. Quem sabe?"








Caio F.





"Virava pra lá, e pra cá na cama, estava impaciente, até me sentei no escuro, pensei: " Não era uma posição o que eu procurava. Era você. "






Caio F.

25 de set. de 2010

"Eu vou mal e irei pior ainda, 
mas aprendo pouco a pouco a ser só, 
e isso já é alguma coisa, 
uma vantagem, 
um pequeno triunfo."





Frida Kahlo
Tantos, muitas - e ninguém.




Caio F.
Na fogueira, quem sabe dentro dela, memórias manchadas de adrenalina, que tudo vinha de um excesso de cafés e agostos.




Caio F.
e tão louco agora qualquer coisa lembrar outra coisa.




Caio F.
... que se encontraram e se perderam para sempre, repetir, e ninguém compreenderia, eu avisei, repetir num suspiro molhado de lembranças em que ninguém dá jeito: ah quantas, muitas, tantas saudades daquela moça (...)




Caio F.

22 de set. de 2010

A culpa era dele. Sua presença, e mais que sua presença: saber que ele existia, deixavam-na sem liberdade. Só raras vezes agora, numa rápida fugida, conseguia sentir. Isso: a culpa era dele. Como não descobrira antes? Ele roubava-lhe tudo, tudo. E como a frase ainda fosse fraca, pensou com intensidade, os olhos fechados: tudo! Sentiu-se melhor, pensou com mais nitidez.







C. Lispector 
in Perto do Coração Selvagem
"Um domingo
de tarde sozinha 
em casa 
dobrei-me em dois
para a frente 
- como em dores
de parto -
e vi que a menina 
em mim 
estava morrendo. 
Nunca esquecerei
esse domingo. 
Para cicatrizar
levou dias. 
E eis-me aqui.
Dura,
silenciosa e heróica. 
Sem menina 
dentro de mim."


Clarice Lispector

20 de set. de 2010

(...) Qualquer pessoa viciada em cinema (como Cecilia e eu) sabe desse pequeno segredo, tão profundo quanto inconfessável: vai-se ao cinema para viver o que a vida não dá. (...) A princípio, não compreendi a relação. Agora, suponho que sim: tanto o filme quanto o poema ou a música falam dessa nossa louca necessidade de ilusão. Porque a imaginação do homem foi feita, acho, para imensamente mais do que aquilo que o cotidiano oferece. (...)




Caio F.
sobre: A Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen 

19 de set. de 2010

Ou seja, eu me debatia por estar acreditando ainda que muito escondido - quem sabe até de mim. Me auto-punia, me entediava, eu tinha medo. Paradoxal crescia monstruosa a minha descrença, a certeza de que não seria nada outra vez além de écos soltos pelo quarto deserto, pela vida deserta, pelas miragens que eu tinha quando a sede era insuportável; e sempre, a sensação de que nunca... Nem sei mais escrever sobre esse cansaço. Tão interno, tão pierrot, trancafiado, esgotado dele mesmo. Podia ficar, talvez, quase uma hora olhando fixo para a parede, tudo que me ajudasse a fugir dos pensamentos, das esperanças, fugir do que derepente me salvaria... Sim. Não. Eu queria muito voltar a me sentir vivo. Queria voltar a sentir prazer na companhia fútil das pessoas. Eu precisava imensamente encharcar os olhos com um pouco desse teatro de quinta, dessa coisa pobre e cheia de ar... Paradoxo! Paradoxo! Eu nem sequer suportaria. Respirar com facilidade era tudo que me manteria vivo e que eu sabia, não conseguiria mais fazer. Então eu chorava. Água salobra que não daria jeito na sede, que me desidrataria mais e mais, até que em algum sol do meio-dia eu caísse ajoelhado no meio de toda aquela areia de mim e suplicasse salvação, colo, mapa... Como se por encanto, magia, ou febril DELÍRIO, houvesse uma chance.


JC
Perdi o bonde e a esperança. 
Volto pálido para casa. 
A rua é inútil e 
nenhum auto passaria 
sobre meu corpo.




C. D. de Andrade.
(...) E não estou certo se essas lembranças serão boas. Ou se seriam boas, lembradas hoje, você me entende? Porque o tempo passado, filtrado pela memoria e refletido no tempo presente – agora -, parece sempre melhor. E terá mesmo sido?

Apenas, quem sabe, porque não havia fadiga lá. Aquela fadiga que se insinua, persistente, entre o ruído das buzinas e das descargas abertas nos engarrafamentos de trânsito, todo dia. Ou essa, de atravessar mais uma vez qualquer avenida às seis da tarde para, de repente, olhar a multidão também fatigada e preguntar: mas que cidade, afinal, é esta. E que vida? A quase amável, paciente fadiga de contemplar o grande relógio das repartições e escritorios, quase imóvel na sua lentidão, a partir das cinco e a caminho das seis da tarde. Para nos despejar, novamente, nas ruas entupidas de fumaça e desejos bandidos nas esquinas, dentro de carros apertados entre outros carros ou de ônibus apinhados – até o interior dos apartamentos, com seus fantasmas emboscados, uns mortos, outros vivos. E então o acúmulo de contas atrasadas, telefonemas ansiosos, telenovelas chatas, quem sabe algum plano, certas fantasias. Outra cidade, outro país, outro planeta, outra vida que não esta – uma memória de flores no cabelo e pés descalços, pouco antes do ruído do despertador e o do meu/teu/dele/nosso coração serem os únicos audíveis dentro da escuridão onde afundamos na lama de nossos sonhos mortos. (...)





Caio F.
Silêncio denso, lispectoriano.




Caio F.
(...) São livros (mas podem ser canções, filmes, quadros, peças e, antigamente, até pessoas) que você ama tanto que quer ficar morando dentro dele, dela. Quer ver toda hora. Absorve o jeito do outro, e esse jeito absorvido da coisa pela qual você está apaixonado, você fica aplicando no cotidiano, feito você fosse aquela própria coisa apaixonante. Que nos tira de nós, alarga. 


(...) O que mais justifica e encendeia minha paixão: felizmente, ele não era “normal”. Não era médio, não tinha medo.

(...)Tudo isso só me prova que minhas paixões são semelhantes. Amo tudo que afunda a cara na lama da vida crua e consegue arrancar o belo desse mergulhoso. Todo temeroso, machucado, denso por dentro e cético por fora . . .

(...) Acordo no meio da noite, assombrado por sonhos com velhos amores, e fico repetindo no escuro palavras como: Gentileza, Perdão, Sabedoria, Bondade, Paciência. O dia começa a amanhecer, quando sento aqui e começo a escrever todas estas coisas que também amanhecem. 

(...)



Caio F.
Confesso! As vezes tenho vontade de sair por ai destruindo corações, pisando em sentimentos alheios ou sei lá, alguma coisa que me faça realmente merecer esse meu sofrimento no amor.


Caio F.
"A casa tá ótima. Outro dia tive um ataque e pintei a escada toda de amarelo, bem amarelo. A gente atravessa setembro. Te quero bem, se cuida." 






(Caio F. in Caio 3D)
E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti. 


Friedrich Nietzsche

18 de set. de 2010

(...) os gelos, os vermes roendo os porões que insistimos em manter indevassáveis, até que o não-feito acumulado durante todo esse tempo cresça feito célula cancerosa para quem sabe explodir em feridas visíveis, indisfarçáveis, flores de um louco vermelho na superfície da pele que recusamos tocar por nojo ou covardia ou paixão tão endemoninhada que não suportaria a água benta de seu próprio batismo ... 






Caio F.  

17 de set. de 2010

"Em meus textos quero chocar o leitor. Não deixar que ele repouse na bengala dos lugares-comuns, das expressões acostumadas e domesticadas. Quero obrigá-lo a sentir uma novidade nas palavras!"





João Guimarães Rosa

14 de set. de 2010

Nosferatu, desde agosto, aquela espada suspensa, pescoço na guilhotina, um homem bomba cujo lacre ninguém se atrevia a quebrar.


Caio F.
E talvez não fosse tarde demais, afinal, pois começou desesperadamente outra vez a ter essa coisa sôfrega: a esperança. Como se não bastasse, veio também o desejo. Desejo sangrento de bicho vivo pela carne de Outro bicho vivo também. Sossega, dizia insone, abusando de lexotans, duchas mornas, shiatsus. Esquece, renuncia, baby: esses quindins já não para o teu bico, meu pimpolho... Meio fingindo que não, pela primeira vez desde agosto olhou-se disfarçado no espelho do hail do hotel. As marcas tinham desaparecido.



Caio F.
Mas havia ainda as doçuras alheias feito uma saudade prévia, pois todos sabiam que era tarde demais, e golpes de fé irracional em algum milagre de science fiction, por vezes avisos mágicos nas minúsculas plumas coloridas caídas pelos cantos da casa. E principalmente, manhãs. Que já não eram de agosto, mas de setembro e depois outubro e assim por diante até o janeiro do novo ano que, em agosto, nem se atrevera a supor.



Caio F.
Mais atrás vê-se a silhueta de dois jovens abraçados, parecendo uma promessa de esperança e fé no futuro.




Caio F.
Mas o tempo é inexorável, e o sol descambou mais uma vez.




Caio F.

9 de set. de 2010

O que os outros sentem é uma casa com a janela fechada.


[Álvaro de Campos]
Produtos românticos, nós todos... E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada. 




[Álvaro de Campos]

Você lê e sofre. Você lê e ri. Você lê e engasga. Você lê e tem arrepíos. Você lê, e sua vida vai se misturando no que está sendo lido.




Caio F.

7 de set. de 2010

Uma exaustão agradável, mas a cabeça fica excitada demais, é qualquer coisa muito próxima da loucura.



Caio F.

6 de set. de 2010

O mesmo bar, a mesma lâmpada, a mesma carne, mas todos em vibração, os sentidos multiplicados, intensos, elétricos, o coração quase parando de espanto, o espanto de ter encontrado no meio do deserto uma palmeira, uma palmeira de olhos claros, camisa verde, mãos brancas. Ter encontrado um cravo branco entre os caixotes de lixo atapetando a rua. Ter encontrado o espaço de silêncio dentro de um grito. Ter encontrado um ponto de apoio para o cansaço. Você não me vê, eu não te vejo, mas tenho o coração pálido, as mãos suspensas no meio de um gesto, a voz contida no meio de uma palavra, e você não vê o meu silêncio nem meu movimento dentro dele. A primavera se quebrava brusca em espinho, ferro. Já não sei desde quando estamos aqui, desde quando falamos de caracóis, desde quando invento teu silêncio igual ao meu. Por que estranha alquimia passavam as palavras dele para vara-lo assim, nessa tão remota dimensão do ser? A visão tardia de encontrar a chave depois da porta ter-se tornado inexistente. A chave inútil pesando em fogo nas mãos e o gesto há muito tempo preparado transformado subitamente em cansaço e desencanto de não ter visto antes. Os dois sentados um frente ao outro, pela tarde a transformar-se lenta em noite, em madrugada, em cinza. Não virá nunca.
Véspera de sábado, na sala ao lado o telefone grita para ouvidos distraídos. Sua mão esfaqueia a parede, as palavras caem como frutos podres, como flores colhidas, como crianças mortas. Nas mãos, a chave achada muito tarde, muito tarde. Tarde demais.

Caio F.
Eu não era nem bom nem mau: eu estava de fora.





Lya Luft

5 de set. de 2010

Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é. "






Fernanda Mello
'Sabe aquela mulher super equilibrada? Que nunca te cobra nada? Super segura, nada ciumenta e calma? Então, ela tem outro. Certeza.''



- Tati Bernardi.
"Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá."






Fernanda Mello
Minha e das minhas lamentáveis escolhas. Minha e do meu coração lerdo. Minha e da minha imaginação pra lá de maluca. Então, com sua licença, deixe eu e minha culpa em paz. Eu e meu delicioso perdão por mim mesmo. Eu só te peço uma coisa. Pare de culpar a vida. Pare de ter pena de você. Se assuma. Se aceite. Se culpe. Se estrepe. Se mate. Mas se perdoe. Pelo amor de Deus, se perdoe. (...)






Fernanda Mello

4 de set. de 2010

É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios”.


Bezerra de Menezes
A própria destruição, que parece aos homens o termo das coisas, não é senão um meio de atingir, pela transformação, um estado mais perfeito, porque tudo morre para renascer, e coisa alguma se torna em nada.


Allan Kardec
Honrar o pai e a mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionar-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância."




Allan Kardec
Se Allan Kardec tivesse escrito que ´fora do Espiritismo não há salvação´, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu ´Fora da Caridade´, ou seja, fora do Amor não há salvação´.


Chico Xavier
Toda mulher é um pouco bi. Se não for bissexual ou bipolar, é bisca.






Tati Bernardi
"Eu sou muitas pessoas destroçadas."




Manoel de Barros
"Nossas palavras se ajuntavam uma na outra por amor e não por sintaxe."




Manoel de Barros
"Não gosto de dar confiança para a razão, ela diminui a poesia."








Manoel de Barros
"Os delírios verbais me terapeutam."






Manoel de Barros
"A palavra amor anda vazia. Não tem gente dentro dela."




Manoel de Barros