11 de fev. de 2008


“sabe, eu me perguntava até que ponto
você era aquilo que eu via em você,
ou apenas aquilo que eu queria ver em você,
eu queria saber até que ponto
você não era apenas uma projeção
daquilo que eu sentia,
e, se era assim,
até quando eu conseguiria
ver em você todas essas coisas
que me fascinavam e que,
no fundo, sempre no fundo,
talvez nem fossem suas, mas minhas,
e pensava que amar era só conseguir ver,
e desamar era não mais conseguir ver, entende?”



[para uma avenca partindo - o ovo apunhalado.]

Caio F.