8 de nov. de 2008


Mas estávamos ali, como dois sobreviventes — para usar a linguagem que ele provavelmente teria, se falássemos disso — de um naufrágio. Ou para usar a minha própria linguagem, essa de gente que vive amontoada entre outras gentes, mesmo quando se retira, porque a vida incha lá fora, invadindo as janelas fechadas, sobreviventes de uma série descolorida de fracassos iguais e mesmas tentativas, idênticas queixas, esperas inúteis, mágoas inconfessáveis de tão miúdas.





CFA