19 de nov. de 2009



Então começamos a imaginar o mundo maravilhoso do contra fluxo. Salões de beleza vazios às quatro da manhã, só pro povo do contra fluxo. Cinemas, teatros, parques, livrarias, cafés, cursos, aulas, lojas de sapatos e bolsas e vestidos. Sei que tem uma ou outra livraria, sei que tem vários supermercados e academias. Mas não falo de um mundo de lojas de conveniência ou socorro. Não é dentista, veterinário e ambulância. É vida mesmo. Diversão. É a vida no contra fluxo. É fazer tudo sem trânsito e sem celular tocando. É marcar reunião enquanto os outros dormem e dormir enquanto o mundo tenta virar a mesma esquina e não se matar. No Natal eles fazem o shopping da madruga. Mas lota, não vale. Estou falando de um mundo maravilhoso sem o sol do meio dia na sua cabeça e sem as milhares de pessoas chatas que aceleram os passinhos rumo ao caixa quando você tenta se aproximar para pagar qualquer coisa em qualquer lugar. Posso ser presa por querer gastar mais energia elétrica. Deve fazer um tremendo mal pra saúde viver sem o solzinho da manhã (é, não ando muito saudável) e acredito que o gasto para o funcionamento desses lugares, nesse horário, seja muito além do lucro. Se fosse bom para a economia já seria uma realidade e já seria um inferno com um milhão de pessoas. Mas…mas…dormi sonhando com esse mundo. Seria eu um tipinho antissocial?




Tati Bernardi