19 de jan. de 2009


Eu sempre quis ser uma pessoa assim tranquila, e sem você aqui eu tô sendo sabe. To batalhando uma paz tão concreta. Tenho tempo pra respirar fundo, pra sentir esse vento dentro e fora. Tendo tempo pra olhar as cores, as pessoas e o céu. Uso menos o celular e todas esses meios de comunicação que eles dizem que libertam a gente, 'rá!' libertam porra nenhuma né. Tô tão menos cansado sabe, tão completo assim "sozinho". Nunca pensei o quanto isso poderia ser bom pra mim. Agora penso, penso e repito todos os dias como se fosse um mantra.

Sabias as palavras que eu guardei na memória, elas ecoam a voz do meu pai, dizendo firme: quando alguem não te fizer bem se afaste, nem brigue, nem ignore, apenas se afaste.

Tem tanta coisa que ele me disse que só hoje eu tô aproveitando, ou só hoje eu tô entendendo.

Talvez as relações sejam mesmo coisas assim, que você precisa assimilar com a mente, o corpo e a alma em conjunto harmônico. Se um deles destoa não há mais a musica. Silenciam as harpas não é mesmo?

Mas eu to aprendendo a colocar outros discos na vitrola entende mãe, ( é, me lembrei de vc ) eu sempre quis que você mudasse a sinfonia tambem mãe, que vc dançasse outras musicas, as novas sabe, eu me sentia infeliz de ver o passado desenhado no seu rosto, tatuado como notas musicais eternas. Ah mãe, as notas são sete. Você me fez aprender. De um jeito assim sem palavras, mas tão eficaz quanto.

Tô numa boa agora, sorrindo demais, porque ta tudo fluindo, tudo dando certo, coisa que não se pode esnobar hein! Lembrei de vocês assim no meio desse blábláblá porque eu queria agradecer, não só as coisas boas, mas agradecer os ensinamentos tambem, talvez, não sei bem, seja tarde demais pra fazer isso no plano terrestre, afinal, esses meus textos...quem os lê? Vcs não lêem de certo, entao agradeço assim, em segredo, no plano astral, pelas vidas todas, obrigado.















jc